As revelações do chamado “Football Leaks” não se resumem só às denúncias de fuga ao fisco, também foram divulgadas cláusulas “secretas” dos contratos dos jogadores. Que os futebolistas ganham imenso dinheiro com a publicidade, todos nós sabemos. Mas quem diria que autografar cromos seria uma atividade rentável?
No final de 2013, por assinar 600 cromos, a empresa Panini América estava disposta a pagar 50 mil dólares (46 mil euros), ou seja, 83 dólares (77 euros) por cromo a Neymar. E no início de 2015, Cristiano Ronaldo elevou a fasquia: por mil cromos e quatro edições de colecionador o jogador português cobrou 175 mil dólares (162 mil euros), isto é, 175 dólares (163 euros) por cromo.
Em 2012, Ronaldo exigiu que os seus empregados domésticos assinassem um contrato de confidencialidade que os proibiria de divulgar qualquer detalhe do que aconteça em sua casa “até 70 anos depois da morte de Cristiano Ronaldo ou do último dos seus familiares”.
Quem violar o acordo estará sujeito a uma multa de “um valor igual a cinco vezes o que recebia, com um mínimo de 300 mil euros”.
Mas são vários os futebolistas que recebem milhares com as cláusulas secretas nos seus contratos.
O holandês Rafael Van der Vaart e o Betis acordaram, em 2015, que o jogador podia utilizar “qualquer calçado desportivo” mas com uma ressalva: “Em nenhum caso podia ter vermelho”, a cor do eterno rival, o Sevilha. Esta exigência valia ao jogador 14 pagamentos de 114428 euros cada. Se jogasse 75 jogos pelo clube recebia mais 279400 euros, a mesma quantia se a equipa se apurasse para a Liga dos Campeões.
Já Ezequiel Lavezzi, que saiu este ano do Paris Saint Germain rumo ao Hebei Fortune, recebe 57 dólares por minuto.
Antes de ingressar no Nice, Mario Balotelli tentou relançar a sua carreira no Liverpool em 2014. Além de um salário de 85 mil libras (100 mil euros) por semana, tinha 150 mil (177 mil euros) de bónus a cada cinco partidas em campo, 5 mil libras (6 mil euros) por cada golo marcado ainda recebia meio milhão de libras (590 mil euros) se terminasse a época como melhor marcador da liga inglesa. Tinha ainda uma compensação para se “portar bem”: meio milhão de libras (590 mil euros) para “não ser expulso mais de três vezes por comportamento violento, não cuspir para nenhum jogador ou qualquer outra pessoa e não utilizar linguagem ou gestos ofensivos”.
Quanto à venda de Sergio Agüero do Atlético de Madrid para o Manchester United também teve os seus segredos. O Atlético cobrou cerca de 250.000 euros por cada 15 golos marcados pelo ex-jogador e 250.000 euros por cada 25 jogos jogados.
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